Dia 162/365

A CAMINHADA

Hoje tive a imensa honra de caminhar com uma das jornalistas mais inteligentes do Brasil: Fabiana Moraes, repórter especial do Jornal do Commercio. E não digo que ela é foda quentchura só porque GANHOU TRÊS PRÊMIOS ESSO (o grande prêmio nacional, um regional e um na categoria reportagem nacional). Na minha modesta opinião, Fabiana é top porque conseguiu a façanha de concluir seu doutorado em Sociologia – e todo o resto é só uma mera consequência do seu brilhantismo sociológico, lógico.
Pois bem, só em encostar o braço nela durante a nossa caminhada eu já fiquei mais inteligente. Conversamos sobre a sociologia antropológica da filosofia aplicada, a retórica falha dos métodos construtivistas de educação infantil, a dispersão mental ante o estresse do dia-a-dia etc e tals. A cada volta completada, no Parque da Jaqueira, a minha cabeça fumaçava diante de tantas questões existenciais. Mas fumaçava para o bem. Mhuahahahahhaa. Apesar de toda complexidade dos temas discutidos, tenho certeza de que saímos ambos mais leves depois dessa caminhada, pois Fabiana tem uma voz suave e uma fina ironia que casa perfeitamente com a minha. Gargalhamos ambos, várias vezes. 
Atividade física concluída com sucesso!!!!! Foram 6,4 km em especialíssima companhia!!! Valeu demais, querida Fabiana Moraes (oxe, rimou)!!!!!     



COMO ANDA A ALIMENTAÇÃO?

Hoje cedo saí corrido de casa, ligeiramente atrasado em relação ao horário do ônibus. Felizmente, não o perdi. Porém, nem comi banana, nem barrinha de cereal e sequer um copo d’água em jejum. A esposa ainda me deu o cookie (uêpa!) de aveia, mas guardei para o lanchinho da manhã. Na volta da caminhada, tive a sorte de encontrar um vendedor ambulante de salada de frutas (o copo cheio de salada custava 2 reais, mas felizmente o rapaz fez por R$ 1,70) que, junto com o cookie, garantiu minha sustança matinal.


VOCÊ NÃO SABE OS PASSOS QUE DEI PRA CHEGAR ATÉ AQUI…

Quando eu me vejo comendo sem culpa, apesar de estar numa eterna dieta restritiva, imagino que este projeto tem tido uma grande ajuda da minha vida atribulada. Ora, se eu saio de casa às 5h40 com uma mochila pesada nas costas (calça jeans, camisa social, underwear, meias, iPad, celular, carregador etc), caminho 1h15 no mínimo, pego dois ônibus por dia e trabalho das 8h às 18h, então eu ando queimando energia adoidado. Isso é ótimo. Lembrei de um velho agricultor que conheci na Chapada do Araripe, dia desses. Aos 75 anos, ele estava arando a terra, às 16h, e explicou seu ofício com uma metáfora: “quando a máquina é velha, se a gente desliga ela para de vez”. 

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