Dia 157/365

A CAMINHADA

Hoje aquela que seria minha querida e estimada voluntária, Socorro Neves, farrapou fuderosamente comigo. Recebi a notícia pelo porteiro do prédio dela, já que havíamos marcado para nos encontrar na portaria. Só depois vi sua mensagem no celular: “Mandrey, me ligaram agora do trabalho (23h59) por isso eu não vou poder caminhar amanhã contigo. Desculpa. Semana que vem a gente marca”. Mas não tive problema com isso, pois aproveitei o bolo para saciar um vício nerd com o qual estou “fissurado” desde ontem à noite. Trata-se de um aplicativo que descobri pouco antes de dormir, quando estava exercitando meu ócio criativo em busca de entretenimento saudável e edificante (mhuahahahaha!!!). Assim, zapeando no Netflix da TV cheguei à série de documentários do projeto TED TALKS – Ideas worth spreading (ideias que merecem ser espalhadas), reunindo dezenas de palestras de mentes brilhantes. Parece um saco né? mas vejam só que descoberta: Aleatoriamente, cheguei à palestra de Luis Von Ahn – o criador do Duolingo, o App que funciona como um joguinho, ensinando inglês gratuitamente (ou qualquer outro idioma, desde que você já saiba inglês). O Duolingo é financiado por grandes corporações que têm interesse na tradução de acervos, fazendo com que eu, vocês e milhares de pessoas “trabalhemos de graça” pra eles. O sistema funciona assim: Enquanto nós aprendemos outro idioma, alimentamos um gigantesco banco de dados com nossas interações. Ou seja, eu ajudo a enriquecer o banco de dados com minhas respostas em português para questões formuladas em inglês. A explicação completa do projeto está AQUI. Como meu aprendizado da língua inglesa se deu basicamente numa temporada de imersão na cultura britânica naquele longo e tenebroso inverno de 2004/2005, me faltava justamente “a base” sólida e descomplicada. E assim, instalei o app Duolingo e nerdei incansavelmente até às 23h, saindo do nível zero até completar o básico – ou seja, a tal base que eu não tinha. Hoje cedo, sem acompanhante, ainda tentei requisitar um caminhante de última hora no Parque 13 de Maio, mas o cara que abordei não foi nada receptivo e, literalmente, correu para se livrar de mim (medo da violência, não o culpo). Assim, acessei o Duolingo e avancei mais dois níveis em 7 km viciantes de imersão na cultura inglesa (uêpa, trocadalho do carilho detected!).
Atividade física concluída com sucesso!!!!!! Foram exatos 7,01 km na sempre especialíssima companhia do Menino Jesus. Essa malhação deixou não somente meu corpore sano como também a mens sana. Valeu demais pela farrapada, Socorro!!! 

Eu, com a mão nos quartos, fazendo pose de “cadê tu, Socorro?!”



COMO ANDA A ALIMENTAÇÃO?

Hoje posso dizer com absoluta certeza que a minha dieta está perfeita! Voltei à banana de verdade, abolindo a barrinha de cereal. Depois, um delicioso inhame com ovo de galinha de capoeira me deu a sustança para pegar meu ônibus, descer em Casa Amarela e trotar até o trabalho. Às 10h, filei um coffee-break no trabalho e saboreei uma deliciosa saladinha de frutas. No almoço, muito bem acompanhado por uma altíssima executiva do mundo jornalístico-corporativo, encarei uma deliciosa e farta salada de folhas, kani, legumes grelhados, tilápia, quinua e o agora vipíssimo tomate-cereja, na “Saladeria” do Espaço de Metas Unic (academia de rico, mas com saladas com preços pra pobre – por isso eu fui). 


VOCÊ NÃO SABE OS PASSOS QUE DEI PRA CHEGAR ATÉ AQUI…

Amanhã é dia de dedetização lá em casa, por isso devo ser expulso já na hora da caminhada, assim como os demais vermes que serão alvo do fumacê. Minha esposa contratou o serviço depois que viu uma pequena e inofensiva traça em seu guarda-roupa. E assim, lembrei de um episódio envolvendo outros seres rastejantes odiados por 9 em cada 10 mulheres: baratas. Eu tinha um Versailles preto, modelo ghia, que era um carrão: bancos de couro, teto solar etc. Como o carro sempre “dormia” do lado de fora do prédio, um belo dia apareceu uma singela baratinha, que só se manifestou quando eu estava dirigindo. Tentei matá-la com a mão (Uécaaa!!!) mas não consegui me esticar o suficiente e a miserável escapou. Aliás, não só escapou, como formou família e se reproduziu. Semanas depois, vi outra e consegui matar. No dia seguinte, mais outra. E outra. E outra. Aí, resolvi “dedetizar” o carro. Levei o Versailles para um capoteiro, mandei tirar todos os bancos e tapetes e “danar baygon pra cima”. Foram gastos dois sprays, com todas as portas fechadas (pobre capoteiro, que ficou dentro brincando de pichador). Meus amigos, foi barata pra tudo quanto é lado!!!!!  Tinha mais de 300!!!! E os funcionários da capotaria fazendo apostas entre si, para tentar adivinhar o número preciso dos insetos. Até que, de repente, surgiu uma barata albina enorme. O capoteiro mostrou-se super experiente em baratês e soltou a pérola: “ESSA É A NOIVA, A BARATA-RAINHA“. Mhuahahahahahahahah!!!!

Este post tem um comentário

  1. Socorro Neves

    Marmininu, eu e Miguel estavamos fazendo compras quando me ligaram, fiquei doidinha pra te avisar, deixei recado em tudo quando foi lugar possível, e lógico com o porteiro, tu vai chorar é? Marcamos outro dia, cheiro pra tu e perdão visse? :))

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