A CAMINHADA
Hoje me atrasei 20 minutos para a caminhada, apesar de ter acordado às 4h30. Explico: como chegamos enfim aos 150 dias de Dieta da Rede Social, a minha ansiedade em enfrentar a balança me forçou a tomar medidas drásticas de queima calórica, com medo do resultado incontestável da pesagem. Assim, cutuquei a esposa na madruga (uêpa!), depois enviei diversos faxes para Chicago, Boston e Calgary (no Canadá), em seguida tomei um longo banho para ver se minha pele se descascava, roí todas as unhas das duas mãos e só então corri para o ponto de ônibus, cuspindo sem parar (porque quanto mais líquidos eu eliminasse, tanto melhor) – quando, a 100 metros do Parque 13 de Maio, vi o Dois Irmãos/Rui Barbosa passando lindamente, sem a mínima chance de me ter como passageiro. Meu relógio marcava 5h50. Só fui pegar outro coletivo (“Córrego da Areia”) às 6h10, e cheguei no Parque da Jaqueira 20 minutos atrasado. Sorte que meu voluntário estava de sorrisão aberto: Cristiano Santos, vendedor de granito, o amigo que todo(a) arquiteto(a) gostaria de ter. Só nos conhecíamos das redes sociais, mas senti como se fôssemos camaradas de longa data porque a empatia foi instantânea. Em primeiro lugar, o cara é viciado em cuscuz – por isso dedicamos uns 10 minutos a exaltar a iguaria, assim como outras comidinhas nada leves como mão-de-vaca, rabada e sarapatel (este último, uma especialidade do pai dele, que espero poder experimentar um dia). Depois, chegamos ao outro assunto que ele domina com louvor: cachaça. Pois é, o rapaz é bom de garfo e de copo. Ele me contou suas incursões turísticas para Fernando de Noronha, Chile, Bolívia, Argentina, França, Espanha… e sabem qual era o passatempo das viagens? álcool. No cruzeiro que ele fez a Noronha, por exemplo, ele enfrentou uma maratona etílica que começou na cerveja, enveredou pelo mojito e terminou no espumante. “Tenho 30 anos de experiência”, disse, sem cerimônia, do alto dos seus 38 anos (a GPCA não existia nos anos 1980?). Apesar de não brincar em serviço quando o assunto é beber, Cristiano garante que jamais fica “de graça” e tampouco estampa aquele bucho de papudinho, pois mantém a atividade física regular na academia. Ou seja, ele bebe porque pode! Amante dos esportes, foi capaz de gastar duzentos e tantos reais no ingresso para ver dois times estrangeiros jogando aqui na Arena Pernambuco, na Copa das Confederações (daqui a dois meses, ainda). E vejam só como o mundo é pequeno: adivinhem onde ele mora? na Primolândia (uêpaaaa!!!), o edifício onde meu grande amigo “Primo” reside. Aliás, não só mora como é também o síndico. Que Deus o proteja por causa disso, Cristiano!
Atividade física concluída com sucesso!!!! Foram 6,8 km na companhia dele e mais 0,6 km sozinho até a balança, totalizando 7,4 km! Valeu demais, Cristiano Santos!!!! Me chama para o sarapatel que eu vou! (afinal, vísceras são light, né?).
Os desatentos podem achar minha circunferência um tanto grande,
mas é que estou com uma mochila gigante nas costas.
A PESAGEM: Enfim, cheguei aos cinco meses de caminhadas diárias, neste projeto que começou e continuou sem sacrifícios (a não ser o de acordar cedíssimo e pegar um ônibus) e sem a monotonia da rotina solitária. E assim, respirei fundo, soltei todo o ar e subi na balança:
clique na imagem para ampliar
(pensou que eu ia facilitar, né? kkkkk)
A perda de peso em relação ao mês anterior foi de 2,4 kg. Já no acumulado dos 150 dias de caminhadas, já despachei 22,3 kg. Ou seja, lentamente estou chegando lá, com saúde, disposição, alegria e auto-estima. Agradeço demais a todos que participaram deste projeto e que continuam curtindo, comentando e incentivando minha caminhada. E vamos em frente!
COMO ANDA A ALIMENTAÇÃO?
Meu jantar de ontem foi uma enorme salada de frutas com iogurte natural e mel. Hoje cedo, peguei a banana menos pesada da fruteira (mhuahahahaha!) e me mandei. Já no pit-stop na casa do Tio Hipocondríaco, depois da pesagem, homenageei o voluntário de hoje comendo um restinho de cuscuz com meio ovo e uma fatia de queijo de coalho frito (uêpa!) no pratinho de sobremesa. Arrematei com um mamãozinho papaya inteiro, meia maçã e um copo de café-com-leite para desentalar.
VOCÊ NÃO SABE OS PASSOS QUE DEI PRA CHEGAR ATÉ AQUI…
O voluntário Nº 1, que se escalou imediatamente quando lancei esta ideia da caminhada solidária no Facebook, me disse que cada quilo emagrecido equivale a uma economia de R$ 1 mil. Ele argumentou que essa conta leva em consideração tanto os gastos com os excedentes calóricos para manter cada quilinho “extra” quanto a despesa com produtos diet (em geral, caríssimos) – que também não estou tendo, apesar das saladinhas fora de casa – somada ao investimento com academia, personal, nutricionista etc. Ainda que a conta do meu amigo esteja superfaturada, ele tem razão em dizer que emagrecer naturalmente pesa menos na carteira. Opinem, polemizem. 😉
Parabéns! Mais da metade da meta já foi atingida e não chegasse nem na metade do desafio! Seu relato é meu estímulo diário pra continuar no meu emagrecimento!
Admiro muito a sua perseverança. Mete bronca aí. A minha torcida é toda sua!!!
Plínio.
Bem, não vou urubuzar aqui para me chamarem de pé frio ou do contra, mas 117 ainda é muito Mandra, e essa conversa com Cristiano sobre sarapatel e cuzcuz não vai ajudar muito não!!! Não esqueça que vísceras são leve, mas a forma como são preparadas, normalmente, não é!!!! De qualquer maneira parabéns, mais ainda digo, gira a proteína do prato e substitui por verduras e vegetais e come com a proteína do ovo apenas caralio!!!!!
Bem, não vou urubuzar aqui para me chamarem de pé frio ou do contra, mas 117 ainda é muito Mandra, e essa conversa com Cristiano sobre sarapatel e cuzcuz não vai ajudar muito não!!! Não esqueça que vísceras são leve, mas a forma como são preparadas, normalmente, não é!!!! De qualquer maneira parabéns, mais ainda digo, gira a proteína do prato e substitui por verduras e vegetais e come com a proteína do ovo apenas caralio!!!!!
Admiro muito a sua perseverança. Mete bronca aí. A minha torcida é toda sua!!!
Plínio.