Dia 117/365

A CAMINHADA

Desculpem pelo atraso na postagem, mas hoje tive muitas atividades paradidáticas que me tomaram o dia todo. Mhuahahaha.  Imagino a aflição do voluntário da vez esperando o texto da nossa caminhada, pois desde a semana passada ele estava tão ansioso para andar comigo que antecipou-se em sete dias e, no sábado anterior foi “sobrar” sozinho na Avenida Boa Viagem, achando que era 02 de março. Na ocasião chegou até a me queimar nas redes sociais por duas horas, até que eu percebi o equívoco e mostrei-lhe o calendário. Aí o ansioso simplesmente deletou o post onde me queimou gratuitamente (já repleto de comentários) e esperou mais uma semana até este dia D. E vamos ao apressadinho: Valdecarlos Alves, jornalista político, formado numa turma imediatamente anterior a minha. Para os amigos-da-onça com memória de elefante, é conhecido como Valdeca (apelido que refuta veementemente), por causa de um erro de impressão no seu primeiro crachá da Folha de Pernambuco; mas seu apelido personalizado por mim e somente eu é… “Ninja”– e eu queria lembrar a razão, mas não consigo
Pois bem, ao contrário da semana passada, quando chegou adiantado em 168 horas, dessa vez Ninja atrasou-se 4 minutos, mas em compensação chegou instigado. Percorremos 6,79 km enquanto conversamos sobre o meio jornalístico, as fuleiragens corporativas, vida de gado, Justiça do Trabalho, acordos trabalhistas “Caracu” (a cerveja escura da AmBev), audiências futuras e testemunhas-bomba (mhuahahahhaa). E assim, nosso papo conspiratório fluiu animadamente. Foi massa!
Atividade física concluída com sucesso!!!! Valeu demais, Ninja!!!!!




COMO ANDA A ALIMENTAÇÃO?

Comecei o dia muito bem, com vitamina de frutas e leite de soja. Depois da caminhada, água de côco por conta do voluntário. No almoço, salada de pepino com peixe cru (o popular Sunomono), bolinhos de arroz com peixe ao natural etc. kkkkkkkkkk. No jantar, tostex de  queijo com pão integral.


VOCÊ NÃO SABE OS PASSOS QUE DEI PRA CHEGAR ATÉ AQUI…


Ninja chegou à Folha de Pernambuco para reforçar a equipe de plantão noturno da Editoria de Polícia, onde eu trabalhava à época. Era um horário bem peculiar, das 22h às 6h, caçando defuntos e mapeando a criminalidade do Grande Recife. Curiosamente, os dois  plantonistas noturnos ficaram “grávidos” simultaneamente – uma prova de que nosso dia é muito mais produtivo quando trabalhamos pela madrugada a fora (e a dentro). E assim, trocando a noite pelo dia, convivíamos com uma rotina de visitar as sete delegacias de plantão para ter informações de ocorrências em tempo real. Numa dessas, fui parar numa localidade erma, em plena madrugada chuvosa, para investigar um assassinato que acontecera no pé de uma ladeira argilosa. Na volta, nosso Uno Mille derrapava na pista molhada e não conseguia subir a ladeira novamente. A solução dada pelo motorista foi “livrar-se do excesso de peso”. E assim, eu desci do carro, na chuva, e ainda zombei da minha equipe (composta também pelo fotógrafo Expedito Lima, conhecido como Buiú, por causa do seu sorriso do gato de Alice), dizendo-lhes que pegaria carona com a equipe da “delegata” da Homicídios (jovem concursada) que vinha logo atrás, numa Blazer. Mas, eu nem tive tempo de dar a mão e pedir carona, pois a Blazer passou voando, subindo a ladeira. O jeito foi acenar para o rabecão do Instituto Médico Legal, e “amorcegar” no estribo da Toyota, sendo ajudado pelo policial civil que recolhia os cadáveres, com sua mão imunda segurando firmemente no meu braço, enquanto escorria aquele líquido amarelado do corpo putrefato que ele havia ensacado minutos antes. Quando olhei para o Fiat da Folha de Pernambuco, só enxerguei os dois sorrisos brancos flutuantes na escuridão (o motorista e o fotógrafo eram negros), gargalhando da minha cara. E foi assim que naquela noite eu emagreci, com nojo da mão do cara do IML. 

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