A CAMINHADA
Mais uma vez fui vítima da farrapada do cansaço alheio causado por um exaustivo dia de labuta, típico dessa profissão desgraçada que é o jornalismo, sobretudo na Aldeia Global. Como a criatura pelo menos teve a decência e o carinho de me avisar, às 22h, que não compareceria hoje no bat-horário e bat-local pré-estabelecidos, pude “tentar” programar a minha própria e quase solitária caminhada com melhor flexibilidade. Andaria novamente com o Menino Jesus, só que dessa vez no Parque 13 de maio, a um quarteirão da minha casa. Eu só não contava com a mega-tempestade que caiu na madrugada e início da manhã de hoje, deixando-nos às escuras. Com uma intempérie dessa natureza (uêpa, trocadalho do carilho detected!), adaptei meus planos à realidade gritante, retomando a minha antiga rotina de levar a criançada no colégio – a primeira vez este ano, também sob novo horário, o matinal. E assim, comecei minha caminhada descendo 17 andares de escada com um bujãozinho de 17 kg no braço direito (sim, era minha filhota de 4 anos e compleição de 6) e um transformer escolar (mochila+lancheira) no esquerdo. Em 105 dias de caminhada não senti o joelho doer como hoje, na escada. E assim, já na escola, demorei para acalmar o chororô da pequena (em fase de adaptação no novo colégio) e perdi a hora da caminhada. Rumei para o trabalho e percebi que o blecaute havia sido geral. Tentei trabalhar até às 11h, mas sem luz, internet, telefone e ar-condicionado a pessoa assessora o quê, pelamordeDeus? Então, “deu a doida” em mim e resolvi unir o útil ao agradável e agilizar uma pendência que ficou da matrícula dos meninos: as fotos 3 x 4. Munido dos arquivos digitais, dei uma andadinha básica de 4,36 km para ir e voltar do Plaza Shopping. Quando retornei ao trabalho, ainda sem energia elétrica, peguei meu carro e fui buscar os meninos no colégio. A pequenina estendeu a jornada para uma aula de balé (a mãe nem me avisou), atividade que demandaria pelo menos mais meia hora (mas como atrasei uns 15 minutos, eu tinha apenas 1/6 de hora para aproveitar). Não pensei duas vezes: obriguei requisitei meu filho mais velho para o posto de voluntário da vez: Bernardo Leandro Barbarini, 12 anos, aluno do Sagrada Família. Caminhamos 920 metros na Praça de Casa Forte.
Atividade física concluída com sucesso!!!! 4,36 + 0,92 = 5,28 km (sem contar a descida da escadaria do Tibete). Se engordei ou emagreci, o importante é que eu caminhei, mon ami.
COMO ANDA A ALIMENTAÇÃO?
O tal balé atrasou também nosso almoço caseiro. Às 13h encaramos, com a fome de anteontem, bifinho grelhado, arroz branco e verdurinha exótica. Em tempo: esse exotismo era o toque de vinagre balsâmico na cenoura e no brócolis. Posso garantir-lhes que, para o meu paladar, ficou “a treva” (desagradável, em pernambuquês-suburbano)!!! Isso porque o bife já fora grelhado com alecrim, por isso a alquimia de sabores não harmonizou legal pra mim. E foi assim que certamente eu emagreci.
VOCÊ NÃO SABE OS PASSOS QUE DEI PRA CHEGAR ATÉ AQUI…
“Alecrim, alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado… Foi meu amor que me disse assim que a flor do campo é o alecrim”. Quem nunca ouviu “A Galinha Pintadinha” cantando isso não tem filho pequeno. Pois sabem há quanto tempo a gente come alecrim, manjericão e noz moscada TODA SEMANA lá em casa? exatos 10 anos! Deeeeeezzz aaaaaanooos. É o tempo que meu sogro italiano mora conosco. Sem mais. E foi assim que eu enjoei de alecrim. Mhuahahahahahaha!!!!