A(S) CAMINHADA(S)
A maior consequência daquele erro de agendamento nem foi tanto a quase-lacuna que poderíamos ter tido na manhã de ontem, afinal, a voluntária-curinga não dorme – e estará sempre a postos para me salvar. O problema, naquela minha desorganização, foi acumular dois voluntários pra hoje, praticamente no mesmo bat-horário, mas em bat-locais completamente diferentes. Comecei o dia às 5h15, tuitando “Hoje eu vou dar duas, sem sair se cima (caminhadas/ da dieta)”. E poderia ter continuado a brincadeira do trocadilho, pois uma foi com uma coroa e a outra com uma pós-ninfa. Mhuahahahahaha!
Às 6h, lá estava eu, no calçadão de piso intertravado da Praia de Boa Viagem, para encontrar Nilza Lisboa: cineasta, produtora e multimídia, mãe do meu saudoso Estágiário das Galáxias, Bernardo – que hoje é cidadão do mundo, poliglota, humanista e responsável pelo melhor exemplo de simplicidade e generosidade que eu poderia aprender: quem tem amigos, ja tem espaço garantido pelo menos no sofá.
Eu e Nilza caminhamos 5,78 km enquanto falávamos do menino-prodígio dela, que hoje encontra-se na Alemanha, em mais um de seus saltos de imersão pelas diversas culturas do mundo. Seu mestrado em lingüística versa sobre o uso do rap (ou hip-hop, não lembro) como ferramenta de aprendizado de um novo idioma. Grande figura! Ao final do exercício, eu e Nilza tomamos uma água de coco e depois desfrutamos da “ostra de pobre”, aquela carnosidade molinha do coco verde.
De lá, corri para o campus da Universidade Federal de Pernambuco, onde a segunda voluntária me esperava. Mariana Gominho, jornalista recém-formada, aparentemente geek, totalmente desconhecida pra mim, e eu pra ela. Descobriu a Dieta da Rede Social no burburinho do Diario de Pernambuco e se dispôs a me ajudar por um dia. Nossa conversa se resumiu praticamente a uma apresentação mútua de quem somos e o que fazemos. Como ela segurou o nariz algumas vezes durante a caminhada, presumi que o meu hálito de fome fez do voluntariado uma caridade de sacrifício. Bem, pode ter sido o fedor do canal, mas eu prefiro assumir a culpa a ter que responsabilizar a belíssima localidade da pista de cooper da UFPE. E assim, consegui a marca de 2,4 km. Ou seja, no total, 8,2 km. Devo ter emagrecido 500 gramas, pelo menos. Meninas, muito obrigado!!!
COMO ANDA A ALIMENTAÇÃO?
Saí correndo, literalmente, da segunda voluntária para os braços da minha filhinha, para levá-la ao seu primeiro compromisso social com as coleguinhas de classe (tirando os aniversários, claro): uma visita ao Centro Peixe-Boi, na Ilha de Itamaracá. Minha cara-metade marcou essa programação e me mandou sozinho com a pequena (iupiii!). Eu, que não conheço nenhuma mãe dos coleguinhas da menina pelo nome, fiquei fazendo minha cara de boneco de ventríloquo, sorrindo amarelo. Almoçamos todos juntos na ilha e eu encarei um peixe grelhado com arroz e pirão (péssimo e caro). Bebi muita água. À noite, inhamezinho com ovo cozido, só pra variar.
VOCÊ NÃO SABE O QUE EU CAMINHEI PRA CHEGAR ATÉ AQUI…
Em homenagem à minha segunda voluntária de hoje, que me passou uma primeira impressão de menina antenada nas modernidades, quero comentar sobre as tentações gastronômicas nas redes sociais. Graças a alguns amigos gourmets, morta-fomes, jabazeiros ou tudo-ao-mesmo-tempo-agora, tenho verdadeiros espasmos de salivação várias vezes por dia, acompanhando portagens no Facebook, Twitter, Instagram e Foursquare. Pois é, basta saber o endereço para visualizar as delícias. Eu sei que tenho o livre arbítrio para blockar essas portagens ou pessoas, mas aprendi a conviver com as adversidades na base de muita salivação.
ahuahuhuaha o "segurar o nariz" foi por causa da gripe… Eu faço isso quando tenho vontade de espirrar. Ajuda, viu? beijo e força! 😀