A CAMINHADA
A voluntária da vez foi a jornalista Ellen Cocino, minha amiguinha desde 2005 (quando ela ainda era adolescente), dos bons tempos da Cultura Inglesa de Piedade, quando compartilhávamos a turma com a saudosa teacher Camila. De lá pra cá muitas águas rolaram, mas nunca perdemos completamente o contato, pois Ellen sempre recorreu a mim como consultor para assuntos profissionais (o que posso fazer se tenho essa vocação inata para mestre? mhuahahahaha). Ela quis fazer jornalismo e perguntou a minha opinião. Apoiei, com a ressalva de que “o jornalismo abre seus horizontes. O problema é que a partir daí você vai enxergar um mundo muito melhor, fora do jornalismo”. Depois, foi fazer intercâmbio no Canadá e estava receosa em atrasar seu curso. Então eu disse: “você pode passar o tempo que for longe do Recife, e quando voltar tudo estará exatamente do mesmo jeito, mas você estará melhor”. Mais recentemente, pediu uma sugestão para o título do seu projeto de conclusão de curso – um vídeo sobre a difícil separação dos bebês que nascem nos presídios femininos, que só podem ficar com suas mães durante os seis primeiros meses de vida. Minha sugestão foi ‘ventre-livre’, mas o grupo dela preferiu ‘berço de ferro’, porque o meu título “podia fazer referência à prisão de ventre”, nas palavras do grupo (kkkkkkkkkkkkkkk!!! como diria Raul Seixas: “falta-lhes cultura pra cuspir nessa escultura”).
Nossa caminhada foi permeada pelos papos de vida saudável. Ellen diz ser especialista em dietas, pois tem tendência para engordar, por isso malha e corre diariamente enquanto não arruma um marido (mas já tem namorado fixo há dois anos). Ao final, ela me presenteou com três barrinhas de cereais: gergelim, banana e amendoim (proteína). Como minha voluntária tinha um compromisso inadiável, caminhamos juntos apenas 5 km. O quilômetro extra eu fiz em companhia de uma lenda do jornalismo, Roberto Tavares, que encontrei por acaso no calçadão de Boa Viagem.
Atividade física concluída com sucesso! 6,3 km no total! Valeu, Ellen!!!!
COMO ANDA A ALIMENTAÇÃO?
Na volta ao lar, depois da malhação, me deparei com duas opções para o café-da-manhã: cuscuz ou inhame. Quem me conhece sabe a minha preferência! Fritei (uêpaaaa!!!!) dois ovos para acompanhar e, pela primeira vez em 72 dias de sacrifício, tomei café-com-leite.
VOCÊ NÃO SABE OS PASSOS QUE DEI PRA CHEGAR ATÉ AQUI…
As barrinhas de cereais se popularizaram nos anos 1990, pegando carona na onda diet. Em verdade, algumas são apenas light, o que significa que “engordam menos” do que uma versão “normal”, mas engordam. Onde já se viu uma coisinha que leva chocolate ser diet? O fato é que por algum tempo também fui viciado em barrinhas – no caso, as achocolatadas – sem a menor pretensão de emagrecer por causa disso. Adorava a de morango com chocolate, a de avelã com chocolate e a de Neston. E foi assim que eu engordei. Mhuahahahahahaa.
Mandrey,consegui recordar cada etapa da minha vida lendo esse post. Além de um excelente jornalista reconheço você como um grande batalhador. Não tenho dúvidas que daqui a alguns meses irá servir de exemplo pra muita gente. Não esqueço das suas dicas de empreendedor também hahaha. Adorei, pena que não dá pra repetir, mas quando Dani chegar eu vou recomendar a ela 🙂
Conte comigo e força na peruca!
Gostei bastante da sugestão para o trabalho dela, pois é exatamente o que acontece com as presidiárias: estão reclusas, porém seus filhos são livres. =) Nada a ver com prisão de ventre, ok? uhauhauhauhhuauhauhauhauhuhauhauhauhauhauhauhauhauhauha