A CAMINHADA
Macaco velho que sou, deixei lindas mensagens de incentivo para que a voluntária da vez simplesmente não farrapasse novamente tivesse ânimo e disposição para me acompanhar em sua segunda e última chance, nesta ensolarada e linda manhã de quinta-feira. Mas, às 5h40, já no ônibus a caminho do Parque da Jaqueira, percebi que não havia tido nenhum feedback dela. As mensagens que passei sequer receberam aquele aviso de confirmação de leitura (mensagem “visualizada V”). Apelei para o golpe baixo e recorri a uma amiga comum (cuja identidade preservarei, para que ela continue a ser amiga) para conseguir não somente o telefone celular secreto da voluntária, mas também o endereço e roteiro exato para chegar em sua morada – pois eu estava disposto a não perder nem meu tempo nem o crédito do VEM TRABALHADOR que eu havia queimado minutos antes. E assim, seguindo as coordenadas da amiga da onça gata, cheguei na portaria e mandei o porteiro chamá-la. Dez minutos depois, começávamos a nossa caminhada, que teve uma participação-relâmpago especial da sua mãe (uma senhorinha super simpática que nos acompanhou apenas na ida e na volta, e ficou conversando sentadinha com amigas da Confraria da Melhor Idade, enquanto dávamos as nossas voltinhas na pista de cooper). Eis a voluntária: Fabíola Blah, jornalista e editora do PE360º G1, que vem a ser o portal de internet da poderosa vênus platinada (isso mesmo, leitores, a Rede Globo Nordeste). E assim, conversamos sobre a globalização, aquecimento global, globos oculares, glóbulos vermelhos, globo da morte, Globetrotters etc e tals. E quando percebemos, plin-plin! acabou o exercício!
Atividade física concluída com sucesso!!!! Foram 6,9 km em ótima companhia, mais 250 metros sozinho, totalizando 7,15 km. Massa demais. Valeu, querida Blah!!!!!!
COMO ANDA A ALIMENTAÇÃO?
Há tempos que eu não fazia o pit-stop na casa do Tio Hipocondríaco, mas hoje retomei a cômoda visita explorádica esporádica, com direito a melão japonês orgânico, laranja mimo-do-céu igualmente orgânica e pão de centeio multigrãos orgânicos com manteiga orgânica e café-com-leite orgânico. Meu organismo agradece!
VOCÊ NÃO SABE OS PASSOS QUE DEI PRA CHEGAR ATÉ AQUI…
Andar de ônibus vazio é bom demais. Nas linhas dos subúrbios mais distantes, como “Dois Irmãos – Rui Barbosa” por exemplo, a viagem compara-se a um passeio de montanha-russa, dada à adrenalina com que nos agarramos aos ferros das cadeiras e janelas para que a inércia não nos derrube. São tantas emoções que vale a pena listar algumas: o som intermitente do tacógrafo na alta velocidade, a imprudência nas curvas velozes e furiosas, os freios de arrumação para dar um “se ligue” nos demais motoristas, motoqueiros, pedestres e até nos passageiros do ônibus, os três segundos que temos para descer a escada na parada antes do veículo retomar a viagem bruscamente etc. Incrível é que agora os obesos também têm prioridade de assentos, embora a cadeira reservada fique depois da borboleta (catraca/roleta, em pernambuquês), ou seja, uma incongruência. Assim, a única dificuldade é conseguir passar do cobrador. Felizmente já superei essa fase do “entalo”, embora ainda gire o corpo junto com a borboleta (pois é, eu passo girando). E assim, a gente também se diverte, levando a vida na valsa cada vez que precisa pegar um ônibus.
Mandrey, você descreveu exatamente as emoções que sentia quando fiz meu mestrado na UFPE. Foram 3 anos de muita emoção com o ônibus "Dois Irmãos-Rui Barbosa".
A melhor parte era a da "volta ao mundo" (literalmente, kkkk) quando ele passava por Dois Irmãos acelerava na reta, pulava na ponte cujo solo havia cedido e ia até a Várzea. Para curtir o passeio e a paisagem melhor e também aumentar a adrenalina eu preferia sentar naquelas cadeiras mais altas perto da porta de trás, ficava no ar qdo ele dava aqueles saltos quase mortais que irresponsavelmente, confesso que gostava, rsrsrs!!