Dia 108/365

A CAMINHADA

Macaco velho que sou, deixei lindas mensagens de incentivo para que a voluntária da vez simplesmente não farrapasse novamente tivesse ânimo e disposição para me acompanhar em sua segunda e última chance, nesta ensolarada e linda manhã de quinta-feira. Mas, às 5h40, já no ônibus a caminho do Parque da Jaqueira, percebi que não havia tido nenhum feedback dela. As mensagens que passei sequer receberam aquele aviso de confirmação de leitura (mensagem “visualizada V”). Apelei para o golpe baixo e recorri a uma amiga comum (cuja identidade preservarei, para que ela continue a ser amiga) para conseguir não somente o telefone celular secreto da voluntária, mas também o endereço e roteiro exato para chegar em sua morada – pois eu estava disposto a não perder nem meu tempo nem o crédito do VEM TRABALHADOR que eu havia queimado minutos antes. E assim, seguindo as coordenadas da amiga da onça gata, cheguei na portaria e mandei o porteiro chamá-la. Dez minutos depois, começávamos a nossa caminhada, que teve uma participação-relâmpago especial da sua mãe (uma senhorinha super simpática que nos acompanhou apenas na ida e na volta, e ficou conversando sentadinha com amigas da Confraria da Melhor Idade, enquanto dávamos as nossas voltinhas na pista de cooper). Eis a voluntária: Fabíola Blah, jornalista e editora do PE360º G1, que vem a ser o portal de internet da poderosa vênus platinada (isso mesmo, leitores, a Rede Globo Nordeste). E assim, conversamos sobre a globalização, aquecimento global, globos oculares, glóbulos vermelhos, globo da morte, Globetrotters etc e tals. E quando percebemos, plin-plin! acabou o exercício!
Atividade física concluída com sucesso!!!! Foram 6,9 km em ótima companhia, mais 250 metros sozinho, totalizando 7,15 km. Massa demais. Valeu, querida Blah!!!!!!



COMO ANDA A ALIMENTAÇÃO?

Há tempos que eu não fazia o pit-stop na casa do Tio Hipocondríaco, mas hoje retomei a  cômoda visita  explorádica esporádica, com direito a melão japonês orgânico, laranja mimo-do-céu igualmente orgânica e pão de centeio multigrãos orgânicos com manteiga orgânica e café-com-leite orgânico. Meu organismo agradece!


VOCÊ NÃO SABE OS PASSOS QUE DEI PRA CHEGAR ATÉ AQUI…

Andar de ônibus vazio é bom demais. Nas linhas dos subúrbios mais distantes, como “Dois Irmãos – Rui Barbosa” por exemplo, a viagem compara-se a um passeio de montanha-russa, dada à adrenalina com que nos agarramos aos ferros das cadeiras e janelas para que a inércia não nos derrube. São tantas emoções que vale a pena listar algumas: o som intermitente do tacógrafo na alta velocidade, a imprudência nas curvas velozes e furiosas, os freios de arrumação para dar um “se ligue” nos demais motoristas, motoqueiros, pedestres e até nos passageiros do ônibus, os três segundos que temos para descer a escada na parada antes do veículo retomar a viagem bruscamente etc. Incrível é que agora os obesos também têm prioridade de assentos, embora a cadeira reservada fique depois da borboleta (catraca/roleta, em pernambuquês), ou seja, uma incongruência. Assim, a única dificuldade é conseguir passar do cobrador. Felizmente já superei essa fase do “entalo”, embora ainda gire o corpo junto com a borboleta (pois é, eu passo girando). E assim, a gente também se diverte, levando a vida na valsa cada vez que precisa pegar um ônibus.

Este post tem um comentário

  1. Mandrey, você descreveu exatamente as emoções que sentia quando fiz meu mestrado na UFPE. Foram 3 anos de muita emoção com o ônibus "Dois Irmãos-Rui Barbosa".
    A melhor parte era a da "volta ao mundo" (literalmente, kkkk) quando ele passava por Dois Irmãos acelerava na reta, pulava na ponte cujo solo havia cedido e ia até a Várzea. Para curtir o passeio e a paisagem melhor e também aumentar a adrenalina eu preferia sentar naquelas cadeiras mais altas perto da porta de trás, ficava no ar qdo ele dava aqueles saltos quase mortais que irresponsavelmente, confesso que gostava, rsrsrs!!

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