Dia 326/365

A CAMINHADA

O voluntário da vez foi o grande produtor cultural Paulo André (Pires ou Moraes, eu nem me lembro mais!), o “dono” do Abril Pro Rock (festival de música que faz parte do calendário musical recifense há mais de 20 anos). Não bastasse essa grande contribuição para a Cena pernambucana, Paulo André foi também o empresário de Chico Science, acompanhando sua carreira literalmente desde a Lama (“nascimento” do movimento Manguebit) ao Caos (morte do saudoso Chico, em um trágico acidente de carro). Eu vivi tudo isso de perto, mas sem conhecê-los (nem Chico nem Paulo André). Ficamos amigos muitos anos depois, sob outras circunstâncias (a ex-mulher dele é minha amiga e colega de turma). E assim, o papo de hoje no Parque 13 de Maio passou por rock, família, trabalho, viagens, ralação e responsabilidades. Contei uns causos engraçados, ouvi seus relatos de turnês por mais de 300 cidades do mundo, trocamos algumas figurinhas sobre criação dos filhos e o papel das escolas na formação desses pequenos indivíduos (os meus e os dele) etc e tals. Foi massa! Uma verdadeira honra pra mim, andar com uma celebridade do calibre de Paulo André! Quando enviei a nossa foto pelo WhatsApp para o meu amigo Fred (que mora lá em Miami e participa do nosso grupo de ex-moradores dos Edifícios Sobrado da Torre e Acácia – “Sobrácia”), só fiz perguntar “conhece esse cara, Fred?” e ele prontamente respondeu: “PA, Paulo André, Movimento Mangue, Abril Pro Rock”. Atividade física concluída com sucesso!!!! Foram 9,77 km em qualificadíssima companhia!!!! Valeu demais, Paulo André!!!!!!!



COMO ANDA A ALIMENTAÇÃO?


Comecei o dia com um tostex de multigrãos com queijo, acompanhado por café-com-leite. Na volta da caminhada, uma banana e uma fatia de melão. No lanche matinal, saladinha de frutas! Planejo a salada com tilápia grelhada no almoço e espero jantar algo saudável. 😉


VOCÊ NÃO SABE OS PASSOS QUE DEI PRA CHEGAR ATÉ AQUI…


A morte de Chico Science foi o grande trauma cultural da minha vida. Vivi intensamente o movimento Mangue, embora não me enquadrasse muito no estereótipo de “descolado” ou vanguarda. Na verdade eu era nerd e conheci o som da maneira mais otária possível, através do grande apelo comercial da TV Globo, que botou a música de Chico em uma novela (ou Malhação, nem lembro) e o personagem que se chamava “Pessoa” ouvia constantemente “A Praieira”. Eu comprei logo o vinil e cheguei na minha turma de jornalismo fazendo a tesoura de guaiamum com a mão e cantarolando “Galeguinho do Coque, não tinha medo da perna cabeluda!”. Lembro que fui imediatamente execrado pela galera, porque estava vendido para um som comercial da Rede Globo. Mas eu não estava nem aí pra ninguém, curti e gostei mesmo. Depois de alguns meses, todo mundo era mangueboy – né engraçado!? kkkkkkkkkkk. Me orgulho de dizer que só perdi um show de Chico Science (em Maracaípe) e marquei presença em um dos mais fuderosos (mais que poderosos, em pernambuquês): o do Circo Maluco Beleza, com a participação de Gilberto Gil, que originou o álbum CSNZ que tinha um lado DIA e outro NOITE. Tempos bons que nunca sairão da minha memória!!!!   

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