Dia 51/365

A CAMINHADA

Me atrasei tanto para a caminhada de hoje que achei melhor levar uma camisa da “Torcida Desorganizada A Coisa” (produto fora de catálogo!) como um presentinho de desculpas para o ilustre desconhecido (até então) voluntário da vez: Gregório Maranhão, professor de história. O rapaz já tinha dado quase três voltas no Parque da Jaqueira, esperando por mim, mas consegui alcança-lo e recuperar o tempo perdido. O assunto da nossa caminhada não poderia ser outro: educação, a começar pela minha “falta de”, que até hoje não sei de quem herdei (mhuahahahahahahaha). Conversamos sobre o uso da tecnologia em sala, a produtividade e eficácia das aulas de campo, os estímulos aos estudantes portadores de déficit de atenção etc. Recuperando-se de uma cirurgia na coluna, Gregório recebeu sinal verde do médico para caminhar e logo que assistiu a reportagem da TV Globo sobre esta Dieta da Rede Social, tratou de se inscrever. Os papos foram muito animados, enveredando até pela praia de Tamandaré, cervejas e farras. Aos 5 km, liberei o voluntário (que já tinha caminhado quase 3 km sozinho, e caminhei mais um pouquinho novamente na companhia do Menino Jesus.
Atividade física concluída com sucesso!  6,2 km. Valeu, Gregório e desculpa aê qualquer Coisa!!!! 

Esquecemos de tirar a foto, por isso vai a do Face dele

O mapa de hoje (6,2 km) , com o complemento fora do parque



COMO ANDA A ALIMENTAÇÃO?

Depois da ceia natalina eu fiquei mais caxias com a dieta – não por culpa, afinal, culpa é uma palavra que não existe no meu dicionário. kkkkkkkkkkkk. 
Ontem, no almoço do Day After, preferi um churrasquinho light de queijo de coalho a enfrentar um filé ao molho madeira. Sucos e frutas complementaram minha dieta. 
Hoje, já plenamente restabelecido das minhas faculdades mentais, encarei o básico feijão-com-arroz (literalmente, com direito a jerimum), mais um pedacinho insignificante de cupim (uêpaa…) e uma salada meio sem graça de couve, cenoura e tomate. A pressão ainda está alterada, por fatores externos.



VOCÊ NÃO SABE OS PASSOS QUE DEI PRA CHEGAR ATÉ AQUI…

O motivo do meu singelo atraso para a caminhada de hoje foi um aborrecimento que interrompeu meu repouso, graças a um “evento” familiar que começou ontem cedo, numa visita ao Tio Hipocondríaco, e culminou com um telefonema desgastante do meu pai (que é cego e surdo para os argumentos alheios aos dele), me acordando do meu sagrado sono noturno para me dar um esporro citando Madeira do Rosarinho (“queiram ou não queiram os juízes, nosso bloco é de fato campeão!”). O pivô do mal-estar foi o texto exageradamente rasgado de elogios à minha Tia Dentista, no Dia 45, que foi mal-interpretado pelo Tio Hipocondríaco e terminou por unir a Família Bullying Feliz contra mim, numa ridícula comparação familiar – como se não pudesse existir uma pessoa “de fora” capaz de me tratar tão bem quanto meus queridos parentes Insaciáveis de amor, e de ter contribuído também para a minha boa formação cristã. Mas aí o ciúme lançou sua flecha preta… e por causa disso estou forçado a feri-los justo na garganta. Quando inventei esta dieta, meu querido pai, que eu sei que me ama muito, apenas comentou: “se não fechar a boca, não adianta!”. E minha Tia Dentista, ao saber do projeto, disse: “Que ideia massa, meu amor. Tenho certeza que você vai conseguir”. Não que ela goste mais de mim do que meu pai – é somente o jeito dela, mais formal e sem bullying involuntário, que considerei mais edificante para os meus ouvidos. A Família Bullying Feliz tem incontáveis méritos na minha formação, a começar pelo sentimento “família” que nos une até nas brigas mais ferrenhas (que me aguardam no ano-novo, com certeza!). Exemplos de honestidade e retidão aprendi justamente com meu pai e com o Tio Hipocondríaco; amor ao próximo, com Tia Marta; humildade e desprendimento, com Tia Louca; dedicação incondicional aos filhos, com Tio Fazendeiro. Enfim, uma família como tantas outras, cheias de pessoas especiais que se amam mas também se “bullynam”, mordendo e assoprando. Amo vocês, seus porras!

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