A CAMINHADA
Com todo o respeito aos demais 151 caminhantes deste projeto, quero registrar aqui a imensa honra que tive hoje por caminhar com o meu amigo “pajé”: o médico e humanista Marcos Asas, cuja analogia com um curandeiro indígena é imediata porque ele pratica seu ofício dosando a ciência com algumas receitas simples e não-invasivas, presentes em pequenos gestos e hábitos alimentares que andam na contramão da modernidade – e, no entanto, ainda mostrando-se tão eficazes quanto. Por mais incrível que possa parecer, nosso pajé é antenadíssimo com a medicina “convencional”, estudioso, esclarecido, um verdadeiro nerd de jaleco (no bom sentido). Gênio, começou a passar nos melhores vestibulares ainda criança, vencendo fácil a seleção para o famoso Colégio de Aplicação no Recife – uma das mais conceituadas instituições de ensino do País, que forma o aluno desde a antiga 5ª série (6º ano do ensino básico) ao 3º ano do Ensino Médio. De lá, o caminho para a universidade pública também foi natural, apenas tendo o trabalho de escolher em qual curso de medicina seguiria adiante na sua missão de fazer do mundo um lugar melhor. E assim, quis o destino que uma certa noite dividíssemos o elevador do meu prédio, há cinco anos, quando ele e outros universitários que formavam uma república comentavam em voz alta sobre uma batalha de “war” que travariam depois do jantar. Intrometido como sou, me meti na conversa e comentei “já fui bom nisso!”, saudosista com meus bons tempos de jogos de tabuleiro, para imediatamente ser convidado a defender o exército dos verdes, durante uma agradável madrugada na República dos Macacos – o apartamento 701 – regada a vinho tinto e ao som de vinis de MPB raiz (Zé Ramalho, Gonzaguinha, Chico, Cazuza). O apê ganhou esse apelido porque exibia, ja na porta do elevador, uma charge com aquela ilustração clássica dos três macaquinhos “cego, surdo e mudo”. Além do pajé, outros dois futuros médicos, um futuro psicólogo e uma futura advogada. Depois de conhecê-los melhor, tive a certeza de que o menor Q.I. ali era o meu (e olha que é 125, hein! Kkkk). O tempo passou, formaram-se todos e estão bem empregados e devidamente concursados. E hoje, vejam só, o pajé está radicado em São Paulo, mas não perdemos o contato. Tão logo conseguiu uma folguinha para visitar a família, tratou de agendar uma caminhada comigo. Agora, a maior surpresa: ele vem desenvolvendo um trabalho de combate a obesidade e sedentarismo, indicando práticas saudáveis aliadas ao medicamento convencional (pressão, diabetes – quando for o caso), e no próprio receituário prescreve o nome do fármaco e, abaixo, www.dietasocial.blogspot.com. Isso mesmo! Ele recomenda o meu blog como receita motivacional. Eu bem que sabia que este blog era uma “boa droga”! Mhuahahahahaha!
O pajé me disse que dezenas de pacientes já se beneficiaram com este meu exemplo (seria bom que alguns deles se manifestassem nos comentários). “Um casal começou a caminhar depois que leu a Dieta da Rede Social, assim como algumas agentes comunitárias”, disse o Doutor. Ele levantou muito a minha bola, insistindo para que eu continue firme “pois muita gente depende da motivação que a DRS proporciona”. Conversamos sobre os velhos tempos, gargalhamos com piadas, recarregamos nossas baterias de alto astral e de esperança num mundo melhor. Foi uma agradável terapia.
Atividade física concluída com sucesso!!!! Foram 7,44 km em excelente e especialíssima companhia!!!! Prezado Pajé, Dr. Asas, meu querido grande amigo, muito obrigado!!!!!!
COMO ANDA A ALIMENTAÇÃO?
Hoje eu já sabia que a caminhada aconteceria no final da tarde, por isso comecei o dia com um sanduíche (uêpa) de ovoS mexidoS com pão multigrãos, e um copo de café-com-leite para desentalar. Trabalhei a manhã inteira em um projeto paralelo de novos desafios e só pude almoçar às 15h15 em ponto, no aniversário do sobrinho da minha esposa – que eu pensava que era churrasco mas descobri tratar-se de uma singela feijoada (UÊPA!), da qual comi apenas um prato raso e sem carnes. Para contrabalançar, acho que devorei meio abacaxi (despertando todas as minhas aftas do céu da boca, da língua e da gengiva). À noite, fiz um sanduba natural de sardinha com ricota, sem sentir o gosto, por causa das aftas.
VOCÊ NÃO SABE OS PASSOS QUE DEI PRA CHEGAR ATÉ AQUI…
A “partidinha de War” semanal pode ser o “treino de basquete”, o “ensaio da banda” ou até mesmo a “ida à igreja” ou à “caminhada solidária desta DRS”. Todos são exemplos de atividades sociais necessárias e recomendáveis para nos ajudar a suportar o rojão de estresse que nos cerca – sobretudo quando a conta ($$$) não fecha. Estar na companhia dos amigos oxigena o cérebro, alivia o peito e acalma a tosse. Fato. É uma das receitas do pajé: cuidar da mente para que o corpo não padeça. Mantendo leve a nossa alma, refletimos o bem-estar no nosso corpo, fechando a porta para algumas enfermidades ligadas à depressão, baixa auto-estima e pessimismo. Por isso, vamos brincar de índio!
Mandra, meu irmão! Siga firme e forte que você vai chegar na sua meta! =)